Sucesso no Campo
Mario Amato Netto é produtor rural no Paraná e está à frente da Moreira Salles Agropecuária, empresa que, desde a década de 1960, cultiva cereais, cana-de-açúcar, soja e também atua na criação de bovinos. Para a Moreira Salles é essencial que a qualidade dos produtos e a sustentabilidade na produção estejam em consonância. Amato Netto, explica que, mesmo conduzindo a produção de alimentos priorizando esses dois requisitos, inicialmente a empresa não tinha conhecimento sobre agricultura de base regenerativa e dependeu de muita pesquisa e tempo para se adequar a esse modelo.
Nos anos de 2015 e 2016, a empresa enfrentou uma crise com o aumento considerável dos preços do KCL e então começou a buscar por novas alternativas, principalmente para suprir a demanda pelo potássio. Com ajuda de produtores e técnicos que já utilizavam Remineralizadores de Solo (REM) nos estados de Goiás e Minas Gerais, regiões pioneiras no uso desse insumo, a Moreira Salles passou a fazer testes com os REM em suas culturas.
Com os resultados obtidos nos testes, o produtor rural iniciou uma mudança no manejo em sua fazenda utilizando os REM, plantas de cobertura e também compostagem. Algumas ações foram fundamentais para a migração do manejo, como o diagnóstico preciso da fertilidade do solo, o mapeamento das áreas produtivas da fazenda e a criação de zonas de manejo em cada talhão.
Com a adoção das novas práticas a fazenda obteve melhorias no ambiente produtivo e redução no custo de produção, de acordo com os levantamentos feitos pela empresa nos últimos anos.
Do período inicial, Amato Netto guarda a certeza de que o acesso às informações de qualidade foi o principal fator que o ajudou a superar os desafios inerentes à mudança. “Uma dificuldade comum, acredito, para todo agricultor que está começando é a ausência de informação. Falta conhecimento sobre como os insumos devem ser utilizados, a dosagem e o momento correto para essa utilização”, explica o gestor.
Em sua visão, o enfrentamento do problema passa pela boa comunicação com os demais produtores e, também, com a ajuda de profissionais que já têm experiência no manejo com os Remineralizadores de Solo. Ele defende a adoção de práticas mais sustentáveis e a segurança que essa forma de produzir oferece tanto para o produtor rural, quanto para o consumidor final. “Para nós da Moreira Salles é essencial que a equipe da empresa esteja alinhada com a cultura e o pensamento que a gestão quer implantar. Sem esse alinhamento os processos de sustentabilidade vão se esvaziando e os objetivos propostos ficam mais difíceis de se alcançar”, defende Amato Netto.
Conhecimento é motor para a mudança de perspectiva
Para o administrador da empresa, Flávio Villela, um grande questionamento a se fazer é sobre a sustentabilidade do modelo de agricultura tradicional, tanto do ponto de vista econômico, quanto social e ambiental. “Essa realidade reflete a profunda necessidade de investir, cada vez mais em pesquisa e transmissão de conhecimento sobre os Remineralizadores de Solo e os Fertilizantes Naturais. Quanto mais produção de pesquisas e de conteúdo houver, mais pessoas serão impactadas com essa perspectiva de mudança no manejo e na forma de se fazer agricultura no Brasil”, explica.
Ele acredita que a mudança de pensamento vem acontecendo e é crescente a conscientização dos agricultores para uma nova dinâmica no campo, com a utilização dos insumos que trazem mais fertilidade ao solo e nutrição das plantas, ao mesmo passo em que permitem o crescimento da produtividade e rentabilidade para as empresas. “Atualmente temos muita informação circulando, então é importante buscar por profissionais que tenham conhecimento, pois apesar dos conceitos milenares da agricultura de base regenerativa, ainda temos muito o que aprender com a natureza” argumenta.